Estrutura de propriedade e conservadorismo condicional: uma análise sobre empresas familiares e não familiares.

Jorge Luiz de Santana Júnior, José Maria Dias Filho, Nayara Batista Moreira

Resumo


Diversas pesquisas em contabilidade evidenciam que a postura discricionariamente conservadora no registro das informações contábeis das empresas de capital aberto não está relacionada apenas a fatores externos. Características estruturais também estão associadas ao nível de conservadorismo das empresas, principalmente quando essas diferenças estruturais influenciam nos custos de agência da companhia (LAFOND; ROYCHOWDHURY, 2008; LI et al., 2014). Esse estudo utilizou o modelo de Basu (1997) para verificar se empresas familiares brasileiras de capital aberto, devido as suas características, como maior managerial ownership (LAFOND; ROYCHOWDHURY, 2008), apresentam menores níveis de conservadorismo condicional em seus relatórios financeiros que as empresas não familiares. Para isto, optou-se por desenvolver uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental. A amostra foi composta pelas empresas que negociaram suas ações na B3, durante o período de 2014 a 2017, totalizando 159 empresas, sendo 63 delas classificadas como familiares e 96 classificadas como não familiares. Por terem estrutura de propriedade distinta da proposta de análise deste trabalho foram excluídas da amostra as empresas públicas, bancos e empresas que não possuíam informações ao longo de todo o período da amostra. A coleta dos dados foi feita através do software Economática®. Os resultados não evidenciaram diferenças significativas nos níveis de reconhecimento assimétrico de perdas de empresas familiares e não familiares.


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