Relações entre o nível de adoção do Balanced Scorecard e fatores contingenciais em micro e pequenas empresas

Rayane Farias dos Santos, Antônio André Cunha Callado

Resumo


Este estudo teve como objetivo geral analisar a relação existente entre o nível de uso do Balanced Scorecard e os fatores contingenciais no contexto das Micro e Pequenas Empresas. Por meio de uma revisão da literatura foram escolhidos seis fatores contingenciais para compor a análise: ambiente externo, estrutura organizacional, estratégia organizacional, tecnologia, cultura organizacional e liderança. Foi operacionalizada uma pesquisa descritiva, exploratória e quantitativa, com uma amostra de 42 micro e pequenas empresas do setor de Panificação atuantes no Estado da Paraíba. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado cujo acesso ocorreu através do Google Forms, nos meses de julho a setembro de 2020. No que concerne aos procedimentos estatísticos utilizou-se a estatística descritiva, o teste de Significância de Kruskal Wallis e o teste de Correlação de Spearman. Os resultados apontam que mais da metade das empresas pesquisadas não são usuárias do Balanced Scorecard. Os fatores contingenciais Ambiente Externo, Estratégia, Estrutura, Tecnologia e Cultura se mostraram significativos ao nível de 1% ou 5%. Os resultados demonstram a existência de fatores relacionados ao nível de uso da ferramenta, servindo de direcionadores contributivos, ou seja, a presença desses fatores auxilia no uso da ferramenta, ou inibidores, ou seja, a presença desses fatores prejudica o uso da ferramenta.


Texto completo:

87-106

Referências


Al-Hayaly, M. A. M., & Alnajjar, F. J. S. (2016). Knowledge management processes and their impact on organizational performance, the adoption balanced scorecard: the moderating role of quality assurance standards—an applied study on Private Jordanian Universities. International Journal of Business and Management, 11(6), 70.

Batista, A. P. (2016). O Balanced Scorecard como ferramenta de gestão estratégica: um estudo de caso em uma rede de supermercado varejista de Içara-SC. 2016. Monografia. Especialização MBA em Gestão Estratégica de Finanças e Controladoria. Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, Criciúma.

Beuren, I. M., de Souza, G. E., & Portulhak, H. (2018). Análise do desenho e uso do Balanced Scorecard em um centro de serviços compartilhados. Gestão & Regionalidade, 34(101), 23-39.

Bititci, U. S. (2016). Managing business performance: The science and the art. John Wiley & Sons.

Bueren, I. M., & Fiorentin, M. (2014). Influência de Fatores Contingenciais nos Atributos do Sistema de Contabilidade Gerencial: um estudo em empresas têxteis do Estado do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências da Administração, 16(38), 196-212.

Butler, J. B., Henderson, S. C., & Raiborn, C. (2011). Sustainability and the balanced scorecard: Integrating green measures into business reporting. Management Accounting Quarterly, 12(2), 1.

Chenhall, R. H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, organizations and society, 28(2-3), 127-168.

Conceição, L. D. (2014). Proposta de um planejamento estratégico utilizando a ferramenta Balanced Scorecard em uma empresa de construção civil. 2014. 50 f. Monografia-Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.

Cooper, D. J., Ezzamel, M., & Qu, S. Q. (2017). Popularizing a management accounting idea: The case of the balanced scorecard. Contemporary Accounting Research, 34 (2), 991-1025

Costantini, A., Landi, S., & Bonazzi, M. (2020). Factors Influencing the Use of the Balanced Scorecard: Evidence from a Regional Context in Italy. International journal of academic research in business and social sciences, 10(2).

Couper, M. P. (2000). Web surveys: A review of issues and approaches. The Public Opinion Quarterly, 64(4), 464-494.

Donaldson, L. (2001). The contingency theory of organizations. Sage.

Epstein, M., & Manzoni, J. F. (1998). Implementing corporate strategy:: From Tableaux de Bord to balanced scorecards. European Management Journal, 16(2), 190-203.

Fávero, L. P., & Belfiore, P. (2017). Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel®, SPSS® e Stata®. 1. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier Brasil.

Gil, A. C. (2018). Como elaborar projetos de pesquisa. 2ª reimpressão. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Guerra, A. R. (2007). Arranjos entre fatores situacionais e sistema de contabilidade gerencial sob a ótica da teoria da contingência. 135 f. (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Hepler, A. J., Anderson, B. E., Cooper, M. C., & Ogden, J. A. (2016). Keys to successful balanced scorecard implementation and use based on published implementation attempts. Journal of Transportation Management, 27(1), 3.

Hoque, Z. (2014). 20 years of studies on the balanced scorecard: trends, accomplishments, gaps and opportunities for future research. The British accounting review, 46(1), 33-59.

Hyvönen, J. (2007). Strategy, performance measurement techniques and information technology of the firm and their links to organizational performance. Management Accounting Research, 18(3), 343-366.

Islam, M., & Tadros, H. (2012). Corporate strategy, employees’ attitudes toward the balanced scorecard, and corporate performance: A contingency approach. In Advances in Management Accounting. Emerald Group Publishing Limited, 21(2), 149-182.

Johanson, U., Skoog, M., Backlund, A., & Almqvist, R. (2006). Balancing dilemmas of the balanced scorecard. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 19(6), 842-857.

Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1996). Using the balanced scorecard as a strategic management system, 74(1), 75-85.

Koche, J. C. (2016). Fundamentos de metodologia científica. Editora Vozes.

Kruger, D. S., Simionato, A., Zanella, C. & Murilo Petri, S. (2018). Balanced Scorecard: Uma Proposta Para A Gestão Estratégica De Uma Cooperativa De Crédito Rural. Brazilian Journal of Management/Revista de Administração da UFSM, 11 (1), 1-18

Malagueño, R., Lopez-Valeiras, E., & Gomez-Conde, J. (2018). Balanced scorecard in SMEs: effects on innovation and financial performance. Small Business Economics, 51(1), 221-244.

Mantovani, F. R. (2012). Desenho e uso de sistemas de controle gerencial focados nos clientes: um estudo em empresas brasileiras sob a perspectiva da teoria da contingência (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Mintzberg, H. (2011). Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São Paulo: Atlas, 09-31.

Oliveira, A. S. D. (2017). Contingência organizacional e mensuração de desempenho: um estudo em ONGs brasileiras. 2017. 196 f. Dissertação (Mestrado em Contabilidade). Universidade Federal da Paraíba, Paraíba.

Otley, D. (2016). The contingency theory of management accounting and control: 1980–2014. Management accounting research, 31, 45-62.

Paranjape, B., Rossiter, M., & Pantano, V. (2006). Performance measurement systems: successes, failures and future–a review. Measuring Business Excellence 10(3), 7.

Pforsich, H. (2005). Does your scorecard need a workshop?. Strategic finance, 86(8), 30-35.

Poister, T. H., Aristigueta, M. P., & Hall, J. L. (2014). Managing and measuring performance in public and nonprofit organizations: An integrated approach. John Wiley & Sons.

Quintero-Beltrán, L. C., & Osorio-Morales, L. M. (2018). Balanced Scorecard como herramienta para empresas en estado de crisis (The Balanced Scorecard As a Tool for Companies in Crisis). Revista CEA, 4(8).

Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2006). Metodologia da pesquisa aplicável às ciências. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 76-97.

Reis, A. P. (2016). Balanced Scorecard como ferramenta de controlo de gestão e alinhamento estratégico nas organizações-Caso da Mindelo Hotel AS. 2016. 88f. Monografia (Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas). Universidade do Mindelo, Mindelo.

Rigby, D., & Bilodeau, B. (2015). Management Tools & Trends 2013. Bain & Company. Inc., Boston.

Rodrigues, W. C. (2007). Metodologia Ciêntifica–FAETEC. IST–Piracambi–2007.

Romero-Silva, R., Santos, J., & Hurtado, M. (2018). A note on defining organisational systems for contingency theory in OM. Production Planning & Control, 29(16), 1343-1348.

Schiemann, W., & Lingle, J. H. (1999). Bullseye!: hitting your strategic targets through high-impact measurement. Simon and Schuster.

Silva Carvalho, G., & Tostes, F. P. (2007). A implantação do Balanced Scorecard em uma empresa brasileira do setor petroquímico: um estudo de caso. In Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC.

Silva, G. R., Wanderley, V. P. C., Pereira, D. M. V. G., & do Amaral Carneiro, L. M. M. (2020). Utilização de indicadores de desempenho à luz das perspectivas do balanced scorecard em cooperativas de créditos. Escritos Contables y de Administración, 11(1), 24-47.

Soderberg, M. J. (2006). The balanced scorecard: structure and use in Canadian companies. 2006. Tese (Mestrado em Ciências do Departamento de Contabilidade), Universidade de Saskatchewan Saskatoon, Saskatchewan, Canadá.

Van Velsor, E., McCauley, C. D., & Ruderman, M. N. (Eds.). (2010). The center for creative leadership handbook of leadership development (Vol. 122). John Wiley & Sons.

Wadongo, B., & Abdel-Kader, M. (2014). Contingency theory, performance management and organisational effectiveness in the third sector. International Journal of Productivity and Performance Management, 63(6), 680-703.

Wernke, R., Lunkes, R. J., & Bornia, A. C. (2002). Balanced Scorecard: considerações acerca das dificuldades na implementação e das críticas ao modelo. In Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


INDEXADORES:

 

 

 

 

 

 

 

 

ISSN: 2177-8426